Uma discussão engraçada esta que encontrei numa deambulação nocturna pela
Web. Pergunta Vital Moreira no seu
causa-nossa:
Que estranho motivo terá levado Manuel Alegre a dispor-se a apresentar a biografia de uma personalidade menor (o "pretendente ao trono" de Portugal), a usar a forma monárquica de tratamento ("Dom" Duarte) e, no final, a admitir um referendo sobre a República, como se existisse alguma questão de regime, nas vésperas do centenário republicano?!Responde Pedro Sá no seu
descredito:O inefável Alegre fez o que fez por razões que me parecem absolutamente óbvias:a) para aparecer;b) porque infelizmente há o hábito de o qualificar desta forma; o meu camarada e amigo Rui Costa é que não foi de modas, e uma vez em S. Pedro do Sul com toda a gente a tratá-lo por esse título tratou-o por Sr. Engenheiro, evidentemente.
Acrescenta Afonso no
vilória:
Falta. De. Chá.
Full Stop.Pff, republicanos...
No seguimento do prémio atribuído pela revista Time a toda a comunidade cibernética pelo seu papel na descentralização do poder e democratização da sociedade (enfim, balelas para entreter o povinho), surgiu-me a ideia da comunidade blogosférica Sampedrense unir esforços e ajudar a escrever a biografia do seu Presidente na
Wikipedia (enciclopédia on-line onde são os próprios utilizadores que elaboram o seu conteúdo sem qualquer tipo de controlo académico ou científico). Assim, basta aos interessados dirigirem-se aqui (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Carlos_Figueiredo) e acrescentarem ao minúsculo artigo do nosso Presidente dados biográficos ou factos políticos que lhe digam respeito. Caso não estejam para tanto, deixem apenas a informação na caixa de comentários que eu próprio a adicionarei.
A união faz a força! São Pedro merece bem mais que um edil com uma biografia ridícula. Se não podemos mudar de Presidente, acrescentemos-lhe ao menos umas linhas.

Finalmente. Este esforço estóico de manter um blogzeco local a falar de autarcas e ranchos folclóricos tinha um dia de ser reconhecido. Segundo a Revista Time, fui considerado a personalidade do ano. Obrigado.
E por falar em Alafum e quejandos, fiquem lá com o retrato da nossa cultura folclórica vista por uma espécie de Borat Português.
Já lá vai um par de semanas. Ouvia na Rádio Lafões uma reportagem sobre a actuação do “conjunto musical”(sic) Alafum. Um belo momento. O locutor, a jeitos de patriota, lá começou a peça dizendo que o espectáculo tinha sido uma coisa linda, com sensibilidade estética e de grande interacção com o público. No fim, hesitante, referiu apenas um pequeno detalhe: não havia público. Pormenores. Não posso sequer garantir que aquilo tenha sido assim à socialista, com entradas à borla, mas suspeito. Seja como for, lá apareceram nos microfones da rádio, visivelmente abatidos, um senhor dos Alafum e o nosso vereador da cultura para tentarem esboçar uma explicação para o sucedido. O senhor dos Alafum era um optimista por natureza. A grande razão para a ausência de plateia, dizia com confiança, era o facto de a banda já ser muito conhecido nestes lados. Faz sentido o argumento. Os Beattles não deviam encher os pubs de Liverpool nem os GNR encheram há 1 mês o coliseu do Porto. Já o nosso vereador teve de puxar um pouco mais pela cachimónia para explicar a falta de receptividade. Dizia ele que os Sampedrenses ainda não têm o hábito de ir ao cine-teatro e o que é preciso é “criar públicos” para que as moscas não sejam as únicas espectadoras em organizações futuras. O velho mito da democratização da cultura. Abre-se um cine-teatro, “criam-se” os públicos e é ver, de um dia para o outro, o agricultor e o vendedor de gado a apreciar os eruditos espectáculos que, apenas por falta de hábito, não tinham o prazer de frequentar. Simples. E demagógico. Uma coisa prática, esta do “criar públicos”. Um gajo quer montar um negócio e não tem clientes? Fecha. Quer escrever um livro mas ninguém o lê? Não o editam. Tem um grupo de ranchos e canto tradicional que ninguém ouve? Fácil, basta “criar públicos”.
Perante o discorrer de tão complexos argumentos, custa me é acreditar que não tenha passado, nem por um segundo, pelas cabeças destes grandes educadores das massas que a ausência de público nos Alafum se possa dever ao facto do conjunto poder ser, simples e prosaicamente, uma bela merda. Fica para a próxima.
Chama-se a isto ter uma lata descomunal. Os nossos comunistas blogosféricos
queixam-se do Tó e da exigência do voto de braço no ar na assembleia municipal de ontem. Diz o roto ao nú...
Look upstairs. Acabo de fazer um banner para o vilória. Quem tiver fotos de outras personagens é favor mandar para o
mail do casebre. Feliz Natal.
Não tem tido descanso o nosso Tórat. Só esta semana ouvi-o botar faladura na rádio e recebi um panfleto catita na caixa de correio, tudo por causa da Termalistur. Ele é o "investimento estrutural e a longo prazo da Patris", é as "estratégias concertadas da oposição", a "preocupação social com os postos de trabalho da termalistur que lhe trazem elevados custos políticos" ou a gestão da empresa que continuará nas mãos da edilidade. Enfim, um sarau de cambalhotas e mortais encarpados só para justificar o negócio. A velha tácitca de Gooblles: "Uma mentira repetida 1000 vezes torna-se uma verdade". O que, sejamos justos, até se aceita. Numa sociedade massificada, embrutecida e ignorante, não há outra forma de estabilizar, gerir e dar previsibilidade às instituições. Acontece é que estes gajos são piores na propaganda do que o Notícias de Lafões a fazer jornalismo. Logo após as justificações "sérias" e "credíveis" da Câmara na defesa do negócio, é o próprio do gestor da Patris, Gonçalo Pereira Coutinho, que vem para os jornais desmentir o Tó, dizendo que quer "
negociar um preço que permita, de acordo com um plano de negócios a cinco, seis anos, valorizar uma empresa para depois a vender e obter mais-valias" e "
ter o controlo das empresas para que nenhuma decisão seja tomada à revelia". Mais um que faz parte da "estratégia concertada".
Meus caros, tal como os militares, vou andar a passear nos próximos tempos. Férias, exames, Natal e passagem de ano. Blog bloqueado. Adeus, até ao meu regresso.
The President of the glorious Nation of Saint Peter of South,
Tórat
"We don’t want melon skin turists.NICEEEE!!!"
Rui, Instância, Boloto. Ouçam-me. Já não vale a pena andarem para aí a falar de possíveis concursos públicos, acordos parasociais, convocar referendos ou manifestações .A malta já só quer ver o Figo a jogar no quadrangular da Pedreira e a Helen às compras no Intermarché. É oficial: vivemos na parvónia.
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