È como diz o Boss AC, a inveja é um sentimento muito feio. Se a Mealhada tem o leitão e Mirandela a alheira, os municípios de Lafões não descansaram até encontrar iguaria que funcionasse também com ex-libiris da região. Bem podiam ter optado pelo refinado pastel de Vouzela, pelo tradicional caçoilinho ou pela telúrica vitela à Lafões. Ficaram-se pelo
Frango. Carne inócua e baratucha. O que até faz sentido: o vácuo domina a cabeça daquelas inteligências e, segundo se diz para aí, a falta de liquidez também é património comum da região.
Restos de frango à parte, a coisa promete continuar com o costume. O inevitável rancho (lavradeiras?), o sempre bem-vindo Tony e comida para os alarves. Na animação cultural um toque à vereador Castro:
duas personagens vestidas de galo e galinha irão “interagir” com as pessoas.
Ainda assim, vislumbram-se sinais de esperança. Este ano, para disfarçar a
pimbice crónica, a organização
promete almoços/jantares VIP (oferecem-se alvíssaras para quem conhecer tão distintas
personas) organizados pelo Chefe Silva. Mais 20 anos e – tenho fé – proíbem a entrada dos gentios que habitem acima dos 600 metros.
Deixo apenas uma sugestão para eventos futuros. Aprendamos com o glorioso
Estado de Pára de minas*:

Lafões não tem guita? Estudassem. Chama-se a isto economia de escala. Um verdadeiro 2 em 1. E, por Deus, não me digam que o porco não tem tradição nesta terra.
*Correcção: Pará de Minas é uma cidade e não um Estado.