Parece que é a sina do PS. Depois do
DoPortugalProfundo ter encravado o licenciado José Sócrates com o seu certificado de habilitações, foi agora a vez do
Caricas – à nossa escala, é certo – marcar a agenda política SPS. Publicada uma notícia do Expresso, que dava conta que o nosso ex-vereador Vítor da Competência usava as instalações da fundação a que preside para albergar convidados do Governo, o Sr. Piro não teve pejo em acrescentar na peça que, entre esses convidados, se encontrava “uma vereadora, um ex-presidente de junta e um ex-presidente da comissão política concelhia” do nosso PS local. Desconheço por completo se a adenda será verdadeira. À excepção da vereadora, nem sequer sei a quem se referem os outros cargos mencionados. Estudar Direito dá nesta merda: tenho de presumir a inocência das pessoas. O Sr. Piro que dirima o problema.
O que não deixa de ser curiosa é a resposta da vereadora na Gazeta. Primeiro argumento subliminarmente invocado: o anonimato. "É anónimo é falso", presume-se das palavras de Fatty. Convincente? Talvez. Demagógico? Certamente. Do ponto de vista – vá lá – jornalístico, o argumento não pega: o Nixon quilhou-se por causa de um gajo chamado “garganta funda”. Mais. À parte das caixas de comentários, justiça seja feita, o curriculum do Caricas (que eu não faço a mínima quem seja) é razoavelmente convincente. Em 3 anos de blogosfera, não consigo encontrar por lá qualquer vitupério, difamação ou insinuação a quem quer que seja. A ser mentira, este caso Lezírias seria o primeiro.
È verdade que a vereadora afirma peremptoriamente no artigo que nunca esteve em Alter do Chão, mas logo a seguir borra a pintura. E porquê? Porque relativamente aos outros visados diz apenas que “
pensa que nunca lá estiveram”. É ela própria a lançar a suspeição. Relativamente à solidariedade entre camaradas socialistas, ficamos também elucidados.
Politicamente falando, o artigo é ainda mais idiota. E desonesto. Idiota porque uma série de casos nacionais já deviam ter feito jurisprudência nesta matéria: responder, a partir de um jornal, a uns blogzecos com 30 leitores é suicídio. Uma coisa que ficaria cingida a 30 leitores durante duas tardes multiplica-se por 100 e estende-se por duas semanas. Desonesto porque quando um
blog de um correligionário seu insinuou, entre outras coisas, que um vereador ia com moças para o meio do pinhal, a Madame Pinho não teve aí uma única palavrinha de apreço com o seu colega de Câmara. A indignação é selectiva.
Mas levemos a conversa para outras
instâncias. O texto tem ainda uma passagem que me deixou perplexo. Diz-nos Fatinha que o tal blog anónimo insinuou que ela não teria pago a “estadia”. Leram bem, a “estadia”. Das duas uma: ou a Dr. Fátima quer dizer “estada” ou então está a lançar a suspeita de que o engenheiro Barros terá pago também umas voltas de navio. O que, tratando-se de uma herdade em Alter do Chão, não deixava de ser curioso.