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VILÓRIA IRRISÓRIA
quarta-feira, outubro 11, 2006
 

Apupado, desde o texto das eólicas, com os simpáticos epítetos de snob, menino rico e até aristocrata (tudo coisas que, infelizmente, ainda não sou), arrisco aqui esboçar uma tentativa de reabilitação da minha imagem junto das massas ignaras.
Deixai vir a mim a cultura popular. Confesso: sempre gostei de música Pop. Gosto de trautear aquelas letras escorreitas, mundanas e triviais que nos falam da vidinha, da noite, das zangas com a namorada e outros temas de relevo. Até a estrutura rígida das canções, assim ao jeito de um soneto com banda sonora de fundo, que dá um certo ar conservador à sanfona, é do meu agrado. Mas nem só de música se faz o universo da Pop. Artista Pop que se preze tem de construir uma relação obsessiva com a sua imagem. Não há aparição de banda Pop em que os catraios não transpirem posse, estilo, vaidade e exagero. Existe quase um cânone implícito pelo qual se devem guiar. E isso agrada-me. Que querem? Sou um iconolátra.
Quem costume ver entrevistas e actuações dos artistas percebe melhor do que falo. Há sempre aquele guitarrista a mandar umas bojardas filosóficas e a dar uns ares de culto para passar por mentor do grupo. Já o vocalista é o rebelde, o bobo da agremiação. Resume-se a dizer umas caralhadas e a proferir umas frases bombásticas. Vive do sound byte. Depois há o baterista, um dos ícones mais castiços da Pop. Invariavelmente com um ar de ressaca mal curada, nesses entrevistas o homem encontra-se sempre afundado no sofá, estilo urbano-depressivo e cigarro no canto da boca. Nunca diz um caralho durante a conversa. Por fim, temos o elo mais fraco: o baixista. O geek do grupo que parece ter caído de pára-quedas. Sempre com cara de totó, toda a gente se está a marimbar para o que diz. É só um macambúzio contratado à última da hora.
Acrescente-se agora o missing Link. Parecem-vos despropositados estes devaneios idílicos pela cena Pop? Talvez, mas façam só o exercício: ponham o Adriano na guitarra, o Tó nas cantorias, o Sousa de baquetas e o -- pausa para expelir o suco gástrico -- Matos no baixo. Lá está. Agora percebe-se porque é que o Tó Morrison ganha eleições. A nossa Câmara é uma banda. Pop. O Prof. Castro é o gajo que monta o palco.
 
"Muitas realidades fazem parte das nossas necessidades básicas" António Carlos Fiqueiredo. Um blog de S. Pedro do Sul. Comentários, críticas, acareações e donativos para viloriai@hotmail.com
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