Abstraindo-me do quanto é que o mamarracho custou e abdicando dos meus mínimos estéticos, eu até consigo conceber que o sampedrense médio ache piada ter uma estátua do São Pedro como cartão de apresentação para quem nos visita. A associação do Apóstolo à toponímia da vila é imediata e o facto de Simão Pedro ser aquele que guarda as chaves do Reino do Senhor dá para criar uma pacotada simbólica e recebermos os forasteiros com um etéreo “Bem-vindo ao Reino dos Céus” ou um galhofeiro ”Isto aqui é o Paraíso”. O problema é que desta vez (e das outras também), o escultor falhou rotundamente. O que eu vejo ali plantado para os lados da Ponte não é um São Pedro. Não é não senhor. O que eu vejo lá é um gajo grande, feio e preto. Sejamos mais prosaicos. Está na cara: aquilo é somente um segurança da Pecados.