VILÓRIA IRRISÓRIA
quinta-feira, maio 05, 2005
Discoteca - s. f., do latim discothecus. Local de diversão nocturna onde se ouve musica denominada de “bombada” e onde um punhado de bêbados e betas janotas se encontram para acasalar.
O Robin que me desculpe por este uso abusivo dos seus post-tipo, mas preciso mesmo da formula para melhor me explicar. Adiante.
Acharão vocês que a definição das casas nocturnas vos parece paleio de reaccionário? Vá lá. Acalmem esses espíritos progressistas. Não julguem que venho para aqui fazer o papel de Puritano. Por variadíssimas razões. Primeiro: não sou puritano. Segundo: frequento discotecas e gosto. Terceiro: só lá vai quem quer. O meu problema não é esse. O problema é que as discotecas deixaram de ser um agradável local de comunhão de hormonas aos saltos. A definição que, com afinco, procurei no dicionário peca por defeito. E porquê? Porque agora as discotecas são também locais de engate. De engate político, intenda-se. Palavra de noctívago.
O galanteio de que vos vou falar aconteceu já lá vão umas semanas. Sábado à noite no NB em Viseu. O Presidente dos Jotinhas rosa de São Pedro, faminto, à procura de presa indefesa. E agora, advinhem lá com quem é que ele acabou a dar a tanga? Nem mais. Com um Jotinha azul também cá do sítio. Não, não julguem que fui eu o abordado. A fidelidade é coisa bonita e eu não quero nada com bebés. Caiu a outro o azar. Como me contou o jotinha abordado (sim, que isto pode não ser o PCP, mas lealdade orgânica também é coisa que respeitamos), aquilo foi coisa digna de um filme da Meg Ryan. Só faltou mesmo o DJ parar a dita bombada e passar uma balada do Marvin Gay. É que o jota rosa podia ter abrutalhado logo o engate e ter sido directo, do tipo ”vem para a Jota Êsse que nós fazemos mais festas, temos miúdas mais giras e o acampamento nacional é uma coisa em grande”. Mas qual quê. Preferiu ser um romântico. Encheu-se de rodeios e com a candura exigida declarou que sempre achou que ele era um gajo de esquerda (violinos, violinos). Mais uns minutos e devia começar a falar dos comités de fábrica. Não chegou a tanto. É que A malta aqui da JP até pode ser democrata-cristã (cruzes credo) mas não gosta de lamechices. Aconteceu o inevitável: levou com a tampa.
Mas não fiquem vocês a pensar que o Comité Central e o Conselho Jurisdicional da JP de S Pedro acham isto uma isto uma intromissão intolerável. Percebemos bem. As eleições são para Outubro e, pelos vistos, a JS precisa de angariar mais uns anormais para agitar bandeiras e buzinar carros na campanha. Mais, como partido de raiz liberal, aceitamos as regras do mercado. Temos até pena que isto da militância não funcione como na bola, onde se pode vender os passes. Talvez assim arranjássemos o dinheiro necessário para competir com as festarolas e acampamentos da JS. Sim , porque a JS acampa. A JS abana bandeiras. A JS faz.
A JP- pobres putos aburguesados!- pelo contrário, não faz nada. Não faz, inclusive, estas figuras de parvo. O que, diga-se, para juventude partidária, não é coisa pouca.
Acharão vocês que a definição das casas nocturnas vos parece paleio de reaccionário? Vá lá. Acalmem esses espíritos progressistas. Não julguem que venho para aqui fazer o papel de Puritano. Por variadíssimas razões. Primeiro: não sou puritano. Segundo: frequento discotecas e gosto. Terceiro: só lá vai quem quer. O meu problema não é esse. O problema é que as discotecas deixaram de ser um agradável local de comunhão de hormonas aos saltos. A definição que, com afinco, procurei no dicionário peca por defeito. E porquê? Porque agora as discotecas são também locais de engate. De engate político, intenda-se. Palavra de noctívago.
O galanteio de que vos vou falar aconteceu já lá vão umas semanas. Sábado à noite no NB em Viseu. O Presidente dos Jotinhas rosa de São Pedro, faminto, à procura de presa indefesa. E agora, advinhem lá com quem é que ele acabou a dar a tanga? Nem mais. Com um Jotinha azul também cá do sítio. Não, não julguem que fui eu o abordado. A fidelidade é coisa bonita e eu não quero nada com bebés. Caiu a outro o azar. Como me contou o jotinha abordado (sim, que isto pode não ser o PCP, mas lealdade orgânica também é coisa que respeitamos), aquilo foi coisa digna de um filme da Meg Ryan. Só faltou mesmo o DJ parar a dita bombada e passar uma balada do Marvin Gay. É que o jota rosa podia ter abrutalhado logo o engate e ter sido directo, do tipo ”vem para a Jota Êsse que nós fazemos mais festas, temos miúdas mais giras e o acampamento nacional é uma coisa em grande”. Mas qual quê. Preferiu ser um romântico. Encheu-se de rodeios e com a candura exigida declarou que sempre achou que ele era um gajo de esquerda (violinos, violinos). Mais uns minutos e devia começar a falar dos comités de fábrica. Não chegou a tanto. É que A malta aqui da JP até pode ser democrata-cristã (cruzes credo) mas não gosta de lamechices. Aconteceu o inevitável: levou com a tampa.
Mas não fiquem vocês a pensar que o Comité Central e o Conselho Jurisdicional da JP de S Pedro acham isto uma isto uma intromissão intolerável. Percebemos bem. As eleições são para Outubro e, pelos vistos, a JS precisa de angariar mais uns anormais para agitar bandeiras e buzinar carros na campanha. Mais, como partido de raiz liberal, aceitamos as regras do mercado. Temos até pena que isto da militância não funcione como na bola, onde se pode vender os passes. Talvez assim arranjássemos o dinheiro necessário para competir com as festarolas e acampamentos da JS. Sim , porque a JS acampa. A JS abana bandeiras. A JS faz.
A JP- pobres putos aburguesados!- pelo contrário, não faz nada. Não faz, inclusive, estas figuras de parvo. O que, diga-se, para juventude partidária, não é coisa pouca.
