Photobucket - Video and Image Hosting
VILÓRIA IRRISÓRIA
sábado, janeiro 29, 2005
 


Confesso. A ideia deste post surgiu-me no encadeamento do anterior. Mas sosseguem os fieis de Turquemada. Não se trata aqui de qualquer apologia à raça ariana ou à militarização da mocidade. Para ser sincero, daquelas paradas e festins das imagens anexas, o que me chamou realmente a atenção foi uma outra coisa: as bandeiras.
Além de caciques locais, bombeiros voluntários e clubes de futebol, a organização municipal portuguesa deu-nos também uma imensa panóplia de bandeiras. Seja com castelinhos, corvos, armas ou brasões não há município que não tenha a sua. Desconheço as suas origens. Virá de tempos imemoriais o uso da bandeira como símbolo de uma comunidade política. Sim, porque é de símbolos que se trata. E eu respeito-os. Por isso escrevo Bandeira com maiúscula.
Não se pode exigir a uma Bandeira que seja um elemento de significações muito complexo. Na verdade, ela é apenas um símbolo rude e simplista da comunidade. Uma verdadeira professora primária de valores. Mas se geralmente a Bandeira existe como elemento fundador e agregador, casos existem em ela vem à luz por uma questão meramente utilitária. Várias são situações onde a Bandeira existe por uma necessidade prática (como nas ex-colónias, por exemplo).
No entanto , em épocas mais conturbadas a Bandeira deixa muitas vezes de ser um elemento estático e meramente reflexivo. Alturas há em que a Bandeira vira instrumento de propaganda política, ao ponto de chegar a ter umas merdas escritas(pense-se no “ordem e progresso” inscrito na bandeira canarinha)
A Bandeira não tem uma verdadeira ética ou coerência. Ela é muitas vezes mero instrumento ao serviço dos poderes que trespassam pelas comunidades organizadas. Anda sempre ao sabor dos tempos. Veja-se a nossa Bandeira. Se inicialmente o verde e vermelho tinham origem em simbolismos maçónicos bastou chegar o Dr. De Santa Comba para se inventar aquela lengalenga da esperança e do sangue derramado. A vida segue, a Bandeira fica.
O nosso município também tem uma bela Bandeira. Todos os dias a vejo içada no esguio e comprido estandarte do frontispício municipal. Ao sabor do vento e dos destinos desta terra. Lamentavelmente, desconheço a história e os porquês da nossa Bandeira. Provavelmente terá a história e o atormentado trajecto de tantas e tantas outras bandeiras. Um história muitas vezes errática, de oportunismo e incoerências. Usada por uns e por outros. Ao sabor dos tempos e das necessidades. Uma vida puta. Uma vida de Bandeira.


 
domingo, janeiro 16, 2005
 
Esta coisa das Janeiras sempre tiveram qualquer coisa de profano. Ainda que data do calendário litúrgico, o dia dos reis nunca teve, em Portugal, um grande significado religioso. As Janeiras são vistas, acima de tudo, como um veículo da cultura musical popular e uma forma castiça de reavivar um certo comunitarismo e que valem pela sua genuinidade e espontaneidade.
Mas, como nos mostra o Notícias de Lafões, a tradição já não é o que era. Este ano, “alunos da Escola básica e integrada deslocaram-se até à câmara municipal para cantarem e tocarem canções de índole Natalícia” afirma o órgão oficial do PSD. Mais, diz o pasquim que“4 dezenas de crianças quiseram, mais uma vez, à sua maneira, relembrar esta quadra, tocando e tocando para todos” concluindo orgulhosamente que “estas canções foram em particular dedicadas ao Presidente da Autarquia Sampedrense”.
Que dizer? Terá a notícia intuitos propagandísticos, usando a ingenuidade da criançada e respectivos professores? No lo creo. Os petizes de hoje são malta amorfa, desinteressada e nem sequer podem votar.
Talvez seja para cativar o voto pedófilo.


" Heil Herrrrr Presidenttt. A próxima é dedicada, em particular,a si"


" vamos cantar as Janeiras, vamos cantar as Janeiras".

 
quinta-feira, janeiro 06, 2005
 
No princípio era o Afonso...



(via acidental)
 
"Muitas realidades fazem parte das nossas necessidades básicas" António Carlos Fiqueiredo. Um blog de S. Pedro do Sul. Comentários, críticas, acareações e donativos para viloriai@hotmail.com
Image hosted by Photobucket.com
ARCHIVES
09/01/2003 - 10/01/2003 / 10/01/2003 - 11/01/2003 / 11/01/2003 - 12/01/2003 / 12/01/2003 - 01/01/2004 / 01/01/2004 - 02/01/2004 / 02/01/2004 - 03/01/2004 / 03/01/2004 - 04/01/2004 / 04/01/2004 - 05/01/2004 / 05/01/2004 - 06/01/2004 / 06/01/2004 - 07/01/2004 / 07/01/2004 - 08/01/2004 / 08/01/2004 - 09/01/2004 / 09/01/2004 - 10/01/2004 / 10/01/2004 - 11/01/2004 / 11/01/2004 - 12/01/2004 / 12/01/2004 - 01/01/2005 / 01/01/2005 - 02/01/2005 / 02/01/2005 - 03/01/2005 / 04/01/2005 - 05/01/2005 / 05/01/2005 - 06/01/2005 / 06/01/2005 - 07/01/2005 / 07/01/2005 - 08/01/2005 / 08/01/2005 - 09/01/2005 / 09/01/2005 - 10/01/2005 / 10/01/2005 - 11/01/2005 / 11/01/2005 - 12/01/2005 / 12/01/2005 - 01/01/2006 / 01/01/2006 - 02/01/2006 / 02/01/2006 - 03/01/2006 / 03/01/2006 - 04/01/2006 / 04/01/2006 - 05/01/2006 / 05/01/2006 - 06/01/2006 / 06/01/2006 - 07/01/2006 / 07/01/2006 - 08/01/2006 / 08/01/2006 - 09/01/2006 / 09/01/2006 - 10/01/2006 / 10/01/2006 - 11/01/2006 / 11/01/2006 - 12/01/2006 / 12/01/2006 - 01/01/2007 / 01/01/2007 - 02/01/2007 / 02/01/2007 - 03/01/2007 / 03/01/2007 - 04/01/2007 / 04/01/2007 - 05/01/2007 / 05/01/2007 - 06/01/2007 / 06/01/2007 - 07/01/2007 / 07/01/2007 - 08/01/2007 / 08/01/2007 - 09/01/2007 / 09/01/2007 - 10/01/2007 / 10/01/2007 - 11/01/2007 / 01/01/2008 - 02/01/2008 / 02/01/2008 - 03/01/2008 / 04/01/2008 - 05/01/2008 / 05/01/2008 - 06/01/2008 / 06/01/2008 - 07/01/2008 /

Blur, Country House
Ronald Reagan, Evil Empire Speach

CASA MÃE
OUTROS
BLOGS CÁ DA TERRA
VISITA DIÁRIA
ESTRANJAS

Technorati Profile Powered by Blogger