Vivemos uma época esplendorosa. Na Europa assistimos a um processo de criação de uma entidade política, cultural e mitológica feita a partir de sínteses e dialécticas.
Mas...e que interesse tem isso para um blogue que se diz de âmbito local, perguntam vocês? Algum, acreditem. É que também por estas bandas existe uma máquina burocrática, uma mão cheia de intelectuais e tecnocratas que nos querem aglomerar e arquitectar um Novo Mundo. Qual? Preparem os violinos: Lafões. Essa mítica entidade provinciana. De tudo se diz um pouco quando falamos dela. Seja o maciço serrano que une os 3 gloriosos concelhos a acabar nesse pitéu que é a Vitela de Lafões. Um projecto com futuro, dizem. É fazer uns trilhos pela serra, porventura um novo matadouro e está encontrada a solução para o atrofiamento que atinge a pobre região. Eu, se me permitem, prefiro fazer “cof, cof” e pedir licença à plateia para discordar. Deixemos Vouzela e os seus campos de ténis e Oliveira de Frades com as suas fabriquetas manhosas. Paremos lá com guitarradas de trovador apaixonado e adoptemos a solução mais óbvio(e, pormenor importante, mais barata): criar uma carreira de autocarros para Viseu, com frequência de 10 minutos. Demagógico? Não muito. Um simples autocarro é de uma enorme utilidade para termos a instrução, empregos, cultura e diversão que Viseu nos oferece quando comparado com todos esses projectos dinamizadores e feiras de tractores e vinhos de qualidade duvidosa feitas em nome de Lafões. Basta só falar com a Guedes. Fácil, barato e pode dar milhões.
Este Verão, reavemos a Pecados dos bandidos voltando assim para o nosso domínio. Já é um começo.