Em pleno século XXI, S. Pedro do Sul sofre mudanças abruptas e constantes. Sinais dos tempos, dirão alguns. Méritos do Toninho, dirão outros. Deixo a problemática para a tertúlia do chá das 5. A verdade é que, independentemente da causa originária, basta-nos retroceder 5 anos no tempo para vermos diferenças abissais. São os tascos a fechar e os prédios com 5 andares a nascer. São os engarrafamentos que começam a surgir ás horas de ponta e os Hiper à beira-rio. São também os Ucranianos na Sicornet, o Lidl, o Rui Costa ou a prostituição à beira-estrada. É a modernidade que nos aparece perante os olhos. O desenvolvimento que a UE nos prometeu há duas décadas. O munícipe mais incauto pensará mesmo que S. Pedro alcançou o patamar cimeiro que esta civilização ocidental nos pode oferecer. É quase isso. Falta-nos dar apenas o último passo. Precisamos só de ganhar aquele je ne sais quoi de chique e pós-moderno para nos tornarmos cidadãos do Mundo plenos. Em suma, precisamos do bloco de esquerda.
Bem sei que o PSD lá vai tendo uns esquerdistas infiltrados e que as Eco aldeias são belos exemplos dessa esquerda "moderna e solidária”. Mas, por favor, não é a mesma coisa. Precisamos de alguém que se insurja contra a bênção do bispo à nova Ponte. Alguém que proponha a criação de um gabinete de apoio para os excluídos das Moitinhas. Alguém que faça um abaixo-assinado para propor a remoção do “São” da toponímia, em respeito do Estado laico. Precisamos de uma força política que declare a zona circundante do tribunal como Zona de fumo. É preciso um partido que proponha a nacionalização da indústria Suína e das Adegas por considerá-las” sectores estratégicos”. Necessitamos de catraias rebeldes que se insurjam contra o “falo-centrismo” desta Câmara. Precisamos de um político que eleja a Puta de Vilar como mártir da classe trabalhadora.
Daqui lanço o apelo: maricas e abortadeiras Sampedrenses, pelo que esperam vocês? Esta terra precisa de vós. Sigam as máximas dos vossos Santos Padroeiros. Uni-vos e, por amor à modernidade, criem a porra do BE. A Utopia é já a seguir.

Depois do novo retransmissor, que nos permite ouvir Paula da Felicidade em plena VCI ou na Avenida das Antas, a Rádio Lafões pode agora também ser ouvida no Burkina Faso. Tudo graças à sua emissão on-line. É só clicar aqui.

Lido no Notícias de Vouzela. S. Pedro do Sul prepara-se para ter uma EcoAldeia. A ideia é esta: pega-se num povoado dos arredores serranos e tenta-se mostrar as maravilhas da ecologia e da auto-suficiência. Com o respectivo financiamento comunitário, a Câmara Municipal decidiu brincar aos socialistas utópicos. Tudo muito Eco. Tudo muito in.
É o regresso da máxima Rousseauniana de que a tecnologia corrompe. O que, inevitavelmente, exige também o regresso ao estado primitivo. Imagino o Paraíso prometido para as cobaias da pobre aldeola. Aquecimento central a funcionar com merda de vaca, terras estrumadas com os detritos das fossas e o regresso dos teares de linho. Numa Segunda fase, a substituição da Playstation pela rádio e as desfolhadas a ocuparem o lugar central outrora reservado à perversa televisão. Numa fase mais avançada, a troca do futebol pelo jogo da malha. Tudo a bem do desenvolvimento Rural, claro está. Desenvolvimento Rural que, pensava eu, se dava com internet por cabo e tv digital. Com escolaridade obrigatória para os filhos dos pastores. Colocando os gentios serranos, malta humilde e pouco asseada, a 5 minutos da escola, hospital, biblioteca e igreja. Nada disso, dizem-me. O que está a dar são as aldeias. Eco, é de ver. Ao que parece, não nos basta a hippielhada que prolifera ali para os lados da Landeira. É preciso criar mais uns quantos bons selvagens.

O Jornal independente vai mudar de mãos. Depois de um início fulgurante, onde chegou mesmo a ombrear com essa grande burgueso-merdice que dá pelo nome de Expresso, o jornal fundado pela dupla MEC/Paulo Portas entrou em queda acentuada e contínua. Nos últimos anos, com significativa quebra de vendas, chegou mesmo a ser equacionado o fecho do jornal. Tal não aconteceu. E, felizmente, não vai acontecer. O único poiso nos media Tuga politicamente incorrecto e com uma linha editorial ideologicamente vincada, vai, segundo o correio da manhã, ser comprado e restruturado. E a quem é que a direita liberal tem de dar as graças? Ao Rosário. Ao Alberto do Rosário. Um senhor que, além já ter ando pelo Record, DN e TSF, nasceu em (tcharaaa) S. Pedro do Sul! Eu sabia que esta terra não estava predestinada só a parir dirigentes comunistas com sotaque acentuado.