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VILÓRIA IRRISÓRIA
sexta-feira, novembro 26, 2004
 
Diz a tradição de cariz mais idílico que este Portugal é um verdadeiro jardim à beira-mar plantado. Uma bonita imagem, admito. O rosto da Europa, como lhe chamou Pessoa. Um lugarejo verdejante, pleno de harmonia, aberto ao mundo. Nós por cá, numa terra sem mar, parca em jardins e rica em horrores urbanísticos, não nos podemos arrogar de tanto. Mas não desesperemos. A partir de hoje, podemos dizer, em alto e bom som, que somos o concelho da viga à beira-rio plantada. Vocês sabem do que falo: uma obra da Câmara, pedida por ninguém, feita em cima do joelho e que por isso não pode ser agora terminada. Chegada à entrada de S. Pedro, concluiu-se que a viga mestre da obra era demasiada avantajada para passar nas sinuosas ruelas do Bairro do Ponte. E assim, por lá ficou o mamarracho. Danos colaterais? Nem no Iraque. Além de estrada cortada(e eu sábado quero ir à Day) parece que um pobre coitado, que teve a infeliz ideia de morar nas imediações da ponte, terá de começar a pensar, seriamente, em ir viver para debaixo dela. Beneficiados? Muito poucos. Safou-se Negrelos. Com o desvio do trânsito a povoação ganhará novo animo, a nova puta de Vilar admite até mudar de poiso e o Sr Silva pode comprar uma lanchonete ou abrir umas bombas que o negócio está garantido.
Mas a viga não está tão deslocada como à primeira vista pode parecer. A viga tornou-se na melhor metáfora da nossa Câmara. Um Câmara com tendências megalómanas. Que chateia a generalidade dos munícipes mas que lá vai beneficiando meia dúzia. Uma câmara inoperante. Que não ata nem desata. Que não anda nem deixa andar. É assim a nossa Câmara. Uma Câmara Viga.

 
quinta-feira, novembro 25, 2004
 
Não há Karaoke que resista. É 25 de Novembro e o Cénico está fechado.
 
domingo, novembro 21, 2004
 
"Desde o início que sei que a doença infantil da internet é a agressividade. Nos chats, nos fóruns, nos blogues. A agressividade é natural nas pessoas, e ainda mais natural em condições de anonimato. E alguma agressividade é positiva, porque impede as pessoas de se tornarem amorfas e indiferentes. Mas há muita agressividade excessiva e mesmo doentia, sobretudo em blogues anónimos e nas caixas de comentários de blogues(o grande albergue dos grunhos)."

in foradomundo.blogspot.com

 
quarta-feira, novembro 10, 2004
 

Tomámos-lhe o gosto e agora não queremos outra coisa. Depois de Sérgio, o carpinteiro cantor e de João Coutinho com a sua aparição no + noite da RTP N, eis que um taxista conterrâneo domina as atenções dos mass media e é notícia de encerramento em todos os telejornais nacionais. Motivo? Segundo os serviços noticiosos, o senhor do volante tinha sido multado por conduzir com “a barba por desfazer”.
Não queria acreditar. Numa terra de vereadores com peras manhosas e barba rala de 3 dias, fiquei revoltado com a incompetência e discricionariedade da guarda pretoriana do Nascente para com o nosso taxista à la Mourinho. Ainda vidrado com tal injustiça, regresso a S. Pedro de fim-de-semana. Reúno o comité central, convoco a minha assessoria, senado consultivo e comissão política da JP para me esclarecerem o assunto. Elucidaram-me. Na verdade, disseram-me, mais do que a “barba por desfazer”, o taxista era um grandessíssimo sabujo. Volto rapidamente ao meu estado normal, ciente da justeza da multa e com a confiança renovada nos nossos Sunnset guards.
Mas apesar da minha misericórdia inicial, confesso que o meu desdém por taxistas se manteve inabalável. Por princípio e preconceito nunca fui à bola com a classe. Seja este gajo ou este, a verdade é que a prosa portuguesa sempre foi rica em análises taxistológicas. E todas elas a acabarem numa única conclusão: os taxistas representam, por excelência, o reaccionarismo português. Admiram o Cavaco, são adeptos do Benfica e acham que o único problema do Salazar foi ser amigo dos pretos.
Aceitei sempre, sem mas nem porquês, o veredicto dos mestres mas na verdade, nunca o pude comprovar. Adepto do carro próprio ou, em último caso, do autocarro público, nunca tive contacto directo com a classe da bandeirada. Alias, até há bem pouco tempo desconhecia mesmo a sua existência em S. Pedro. Só quando começaram a chatear o Império de Carvalhais por fazer roteiros turistas à fauna da Arada é que ouvi falar, vagamente, da espécie nestas bandas. Depois veio a “barba por desfazer”. E aí tudo mudou. A Badalhoquice do taxista veio alterar por completo a minha mundividência. Nunca tinha imaginada um reaccionário a cheirar mal. Talvez usasse uns casacos roçados e tivesse um galhardete do Benfica no retrovisor. Agora porco, nunca. E porquê? Porque a badalhoquice sempre foi, historicamente, apanágio da esquerda. A começar pelos comunistas clandestinos da década de 40 (obrigados a viver na sabujice) passando pelos hiipies dos sixties( porcos porque queriam) a acabar na garotada do BE(onde a badalhoquice é, a par do piercing ou da rasta, um mero adereço). Aparece-nos agora um reaccionário badalhoco. O que nos faltará mais? Um comunista de wolkswagen?
O mundo desaba. Diz-se que vivemos numa época de desarrumação ideológica e o Sr. Silva fala da obsoleta distinção esquerda/direita. Resigno-me. O taxista é um sinal.
 
"Muitas realidades fazem parte das nossas necessidades básicas" António Carlos Fiqueiredo. Um blog de S. Pedro do Sul. Comentários, críticas, acareações e donativos para viloriai@hotmail.com
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