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VILÓRIA IRRISÓRIA
quinta-feira, outubro 28, 2004
 
A notícia passou despercebida. Preocupado com o Marcelo gate, a saída do nosso Carlos Carvalhas da liderança do PC não mereceu a atenção devida do País. E claro, aqui na terra de Cassete, o mesmo se deu. Um silêncio sepulcral. Ainda esperei umas semanas por um artigo do Dr. Gralheiro, quiçá uma nova peça, para endeusar e mistificar o grande líder. Folheei a Gazeta mas, além de questões hidrográficas, apenas um vazio completo. Tentei também o Noticia de Lafões mas o Sr. Silva empancou de vez com o santanismo-portismo que governa este país. Vi-me, por isso, obrigado, mais uma vez, a utilizar o Vilória para fazer serviço público.
E pergunto eu: o PCP decidiu mudar de líder? Pois sim. Eu acho muito bem. Eu acho muito mal. Eu quero lá saber! Desde que a vermelhada deixou de usar camisas de flanela, para mim, o PC morreu. O PCP reparem. Porque não posso confundir o criador com a criatura. O Carlos é outra coisa completamente diferente. “Adeus Carvalhas, foi bom enquanto durou” poderão ter dito alguns em tom sarcástico. Not me. Não consigo afinar pelo mesmo diapasão.
Pobre Carlos, no que ele se foi meter. Tinha boa vida antes de se meter nas lides políticas. Com umas bombas de gasolina e um armazém de venda a retalho, podia-se ter tornado num bom burguês. O destino assim não quis. O povo chamou-o e, despojando-se dos seus bens matérias, decidiu lutar ao lado dele. Fazer a revolução. Mas até mesmo comuna, o Carlos pareceu-me sempre um homem bom. Mesmo com aquele ar cinzento, como manda o Jean Paul Lenine, Carvalhas tinha algo de telúrico dentro de si. Com a pronúncia beirã que sempre se orgulhou (que saudades do "pêxêpê" e da "claxe" operária), conseguia transmitir-nos a imagem de gajo porreiro, um pouco burreco mas amigo do amigo. Com os balanços da sua saída, descubro também que o Carlos gostava de ver cinema americano e ler esse genro pequeno burguês que é o romance. Enfim, verdadeiros genes de conservador que constituíam o seu genoma antes de ser adulterado.
A Moral da história? Simples. A política desgraçou o nosso Cassete. Não tivesse ele traído a dialéctica Marxista e, em vez de ter passado metade da vida em comícios pelintras a comer churrasco, teríamos hoje o Sr. Dr. Carlos Carvalhas (vénia, vénia) no INATEL, com o seu BM à porta, a beber martini-vodka ao balcão.
Acabou-se o calvario do camarada. Mas nada de ressentimentos. O filho pródigo a casa sempre regressa. Volta Carlos, estás perdoado!
 
sábado, outubro 02, 2004
 
A estrela d’Alva (obrigado Zeca)

A notícia chegou me aos ouvidos através de amigos. Eu e o meu querido vilória tínhamos sido mencionados na imprensa de referência. No nosso Expresso Local. Obrigado S. Pedro. Obrigado Gazeta. Corri de imediato para a banca de jornais à espera de encontrar no velho pasquim uma ficha clínica do V.I. com perfil do autor e análise sociológica do fenómeno. Erro meu. Coloquei a fasquia demasiado alta. Após leitura de fio a pavio do jornal, vi que o vilória se tinha ficado por uma escassa referência e citação de um dos mais mal conseguidos textos numa crónica ainda pior. Mas, que queria eu? Era do A. Gomes o texto.
Ainda que a vida democrática nunca tivesse querido nada com ele, averbando as mais variadas derrotas em eleições - seja na câmara(humilhante) ou para a sua junta de freguesia(hilariante) - o Sr. A. Gomes nunca deixou de prescindir da intervenção cívica e política na imprensa regional. Talvez por dizer muita merda e andar com a boca suja, A. Gomes escolheu como tema do seu último artigo na gazeta a rede de água de Figueiredo de Alva. Óptimo, pensei eu quando li o título da majestosa prosa. Excelente a oportunidade do artigo. Iria agora perceber o porquê dos habitantes da “sinistra” freguesia parecerem todos saídos do Woodstock.
"A malta de Alva não tem água", começava por dizer o professor(?) de geografia. A partir de tão nobre premissa, a estrela de alva começa a dissecar o problema e trata de apurar e assacar culpas à incompetente junta de freguesia. Chegado a este ponto, pensava eu que o argumentário de A. gomes ficaria por aqui no que às águas dizia respeito. Enganei-me. Pelos vistos, o vilória também tinha alguma coisa a ver com o assunto. O vilória e um “familiar seu”. Peças fundamentais que não se podem descartar quando se fala do sistema de águas de Figueiredo de Alva. Depois, A. Gomes trunca e distorce texto de vilória para, de seguida, se armar em Joana D’arc da Freguesia. A. Gomes chega mesmo a chamar-me de “irrisório e mal educado blogueiro de carvalhais”(sic). Não me intendeu bem o Sr. A. Gomes. Em relação ao texto que cita do vilória sobre Figueiredo de Alva, não era meu propósito ofender os gentios da freguesia. Com essa pequena paródia apenas quis mostrar que o sr. A. Gomes era uma pessoa primária e sem qualquer profundidade intelectual. Seja como vereador ou como cronista de escritos pseudo-políticos (lembro, por exemplo, um artigo no NL onde provava por A vai ao cú a B como o novo milénio se iniciava em 2000). Percebo o trocadilho janota que A Gomes tenta fazer quando me chama de irrisório mas, isto sim, é irrisório. E risível. Risível é também o Sr. A. Gomes quando me apelida de mal educado. Eu julgava que falta de educação era gozar com o sistema de ensino português e a democracia estando 2 meses como professor e saltar do cargo mal apareça um tacho partidário. Pensava que falta de educação era utilizar um texto truncado, depois descontextualiza-lo e meter um “familiar“ ao barulho para falar dos problemas de água da sua freguesia. Para o Sr A. Gomes má educação não é nada disto. Do alto da sua boçalidade e intolerância, um titular de cargos políticos ou um opinion maker de jornais não pode ser alvo de críticas e mal educado é quem o ousar contrariar.
Mas não quero extremar a questão. Tenho pena do Sr. A. Gomes e se calhar exagero o problema. O dilema das águas em Figueiredo de Alva pode ser mesmo coisa perene (desenvolvimento assimétrico o dessa freguesia. Sem água mas com internet). E para não ficar com qualquer peso na consciência decido perguntar ao tal “familiar meu” acerca do complexo problema de água em Figueiredo de Alva. ”Manda o Dr. Ferreira Gomes à merda” disse-me calma e serenamente. Eu, como não quero que o Sr. A. Gomes me volte a chamar mal educado, não me atrevo a dirigir-lhe tais impropérios. Mas- e se ele me permitir- assino por baixo.


Recordar é viver(obrigado Espadinha)

Para quem ainda não andava nestas lides bloguisticas ao tempo da publicação do tal texto, transcrevo-o mais uma vez para evitar que o lápis azul do Sr. A. Gomes faça o texto dizer aquilo que não está lá.


Moro no concelho. Mesmo no seu coração(sito carvalhais, para quem ainda não saiba).Mas, apesar de toda esta centralidade, há certas freguesias que desconheço quase por completo. Figueiredo de Alva é uma dessas. Sempre que me vem à cabeça essa sinistra freguesia associo-a logo a um bando de alarves, de cabelos sebosos com um pau na mão à procura de confusão. Os seus habitantes que desculpem a rudeza, mas tal e qual como quando os Portuguesas partiram à descoberta de África, o desconhecido fomentou o fantástico. Ás vezes ponho-me a pensar de onde me surgiu tal bizarria. Será que se deve ao facto do Dr. Ferreira Gomes ter sido , durante alguns anos, vereador na Câmara municipal? Não sei, não encontro uma explicação. Acho que são apenas preconceitos meus.

Publicado Segunda-feira, Setembro 29, 2003
 
 
Deambulando pelos blogs SPS descubro comentários que são uma delicia. Um exemplo? Aqui vai: “O vilória é resultado da irreverência de um jovem atento, direitista e conservador, que não tem papas na língua para dizer o que pensa, provocando (no bom sentido) a discussão nos comentários!!”. Exactamente, leram bem. Direitista e conservador. Esta malta gosta mesmo de me massajar o ego. Já só falta a consagração final. Mi chama de Reaccionário, vai.
 
"Muitas realidades fazem parte das nossas necessidades básicas" António Carlos Fiqueiredo. Um blog de S. Pedro do Sul. Comentários, críticas, acareações e donativos para viloriai@hotmail.com
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