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VILÓRIA IRRISÓRIA
terça-feira, julho 20, 2004
 
Depois de umas temporadas de exílio forçado na floresta de Baiõeswood e à falta de uma oposição Coração de Leão, o Robin viu-se obrigado a lançar novas flechas ao nosso Xerife e seu séquito. E o que nos diz o justiceiro popular desta vez? Segundo diz, parece que um membro da corte camarária andou a passear meninas de jipe dando-lhes a conhecer as nossas densas e frondosas matas. O Robin indigna-se e não consegue ver sexo e política de mãos dadas. Pobre Robin, quão enganado anda. Farto de políticos yuppies do tipo executivo com horário das 9 às 5, com reuniões de negócios e almoços de carne assada, andamos todos nós. Precisamos de políticos humanos. Em todas as relações sentimentais existe sempre uma dimensão de conquista e poder bem como uma boa dose de aventura, coisas que a política sempre precisou e que nos dias de hoje são raras de ver. A Paixão cega, e a senhora do jipe terá cegado o vereador. Mas não só o cegou como lhe deu uma dimensão aventureira e vagabunda. Num mundo político de carreirismos e palmadinhas nas costas, o vereador é agora um ser idílico, livre como um pássaro para levar avante as suas quimeras. Se antes do rally no jipe, o vereador era um carreirista conformado, hoje é um verdadeiro político cheio vigor, projectos e idealismos.
Como vês, meu caro Robin, as diferenças entre a coisa Pública e a coisa Púbica são mais ténues do na verdade se pensa. Vendo bem, trata-se apenas uma questão de pêlos.
 
 
Vivemos uma época esplendorosa. Na Europa assistimos a um processo de criação de uma entidade política, cultural e mitológica feita a partir de sínteses e dialécticas.
Mas...e que interesse tem isso para um blogue que se diz de âmbito local, perguntam vocês? Algum, acreditem. É que também por estas bandas existe uma máquina burocrática, uma mão cheia de intelectuais e tecnocratas que nos querem aglomerar e arquitectar um Novo Mundo. Qual? Preparem os violinos: Lafões. Essa mítica entidade provinciana. De tudo se diz um pouco quando falamos dela. Seja o maciço serrano que une os 3 gloriosos concelhos a acabar nesse pitéu que é a Vitela de Lafões. Um projecto com futuro, dizem. É fazer uns trilhos pela serra, porventura um novo matadouro e está encontrada a solução para o atrofiamento que atinge a pobre região. Eu, se me permitem, prefiro fazer “cof, cof” e pedir licença à plateia para discordar. Deixemos Vouzela e os seus campos de ténis e Oliveira de Frades com as suas fabriquetas manhosas. Paremos lá com guitarradas de trovador apaixonado e adoptemos a solução mais óbvio(e, pormenor importante, mais barata): criar uma carreira de autocarros para Viseu, com frequência de 10 minutos. Demagógico? Não muito. Um simples autocarro é de uma enorme utilidade para termos a instrução, empregos, cultura e diversão que Viseu nos oferece quando comparado com todos esses projectos dinamizadores e feiras de tractores e vinhos de qualidade duvidosa feitas em nome de Lafões. Basta só falar com a Guedes. Fácil, barato e pode dar milhões.



Este Verão, reavemos a Pecados dos bandidos voltando assim para o nosso domínio. Já é um começo.
 
sexta-feira, julho 16, 2004
 
Não digam nada a ninguém, mas a foto que vêm no vosso canto superior direito foi gamada do site da Câmara Municipal.
 
 
Blogs FC

Se esta blogosfera Sampedrense fosse uma equipa de futebol o Vilória jogaria a lateral direito. Do outro lado, a defesa esquerda, o Sopro tomaria conta do recado. Já no meio campo, a jogar como trinco e a destruir jogo, o Robin seria Rei e senhor enquanto que o caricas actuaria como típico médio centro. O Homem sem nome seria o extremo esquerdo da equipa enquanto o Rui Costa se sentava no banco. No papel de cheerleader, com dois pompons e a fazer coreografias, o Maluco animaria a malta das bancadas durante o intervalo. As entradas seriam livres.
 
quarta-feira, julho 14, 2004
 
Descobri novo site Samp. E se a minha memória fotográfica não me engana, acho que a página é propriedade do mesmo que tem um livro à venda na pastelaria. Palavras para quê? Trata-se de uma relíquia e sério candidato a um lugar nos links do vilória.
 
quarta-feira, julho 07, 2004
 
Também achei o fogo de artifício do domingo um espectáculo magnífico, mas podia estar melhor. Faltou estar escrito no céu"vota PSD"
 
 
S. Pedro do Sul ganhou um novo busto que embeleza, agora, uma das suas artérias mais movimentadas. Perdão. Digo melhor: S. Pedro do Sul RECUPEROU um busto que de há uns anos para cá estava destinado a ganhar pó num Salão obscuro da Câmara Municipal. O nome da pessoa imortalizada? António Correia D’Oliveira. É certo e sabido que o poeta nunca teve grande relação com S. Pedro do Sul. Nascido nesta Sintra manhosa, imigrou muito cedo para Lisboa onde trabalhou como jornalista no Diário Ilustrado acabando por vir a falecer em Esposende. Mas, numa terra onde entramos em êxtase quando um brasileiro vindo de Mato Grosso vem estudar a obra teatral de um conterrâneo nosso ou quando esse mesmo conterrâneo vai ao Fatima Lopes e às Noites Marcianas, sentado-se no meio de maricas, dissertar sobre a IP5, não deixo de estranhar que tenhamos relegado um poeta nacionalmente reconhecido para o esquecimento. Perplexo, decido saber um pouco mais acerca da obra do autor. E que descubro? Descubro que o homem era conpincha do Teixeira de Pascoaes, escrevia para a Águia e Seara Nova e que foi voz activa do Movimento Saudosista. O Sr. António D’Oliveira era também um homem cordato, católico, nacionalista e teve sempre uma relação pacífica com o regime.
E Pronto. Chegou-me de pesquisa. Dissipo logo as minhas dúvidas e encontro a explicação para o ostracismo do poeta. O Presidente que então decidiu decapitar o poeta ,ao seu melhor estilo Bonapartista e ainda entranhado do melhor espirito revolucionário(ao que parece foi capitão de abril), , não podia conceber que nesta comuna sampedrense, a sua Plazza Maior tivesse o busto de um poeta nacionalista que nunca arranjou problemas com o Estado Novo. Na sua óptica, não passaria de mais um cabrão de um fascista. Ainda para mais tinha Oliveira no nome. Não enganava ninguém Marretas em riste e toca lá a tirar o facho do altar. Em lugar do rosto de bronze, depois de uma tílias cortadas, erigiu uma fonte. Luminosa. Como ele.
É certo que militar e intelectual é coisa que não combina e esse tal Presidente não teria em mente um dos jargões essenciais para admirar arte( não confundir a obra com o criador) mas, mesmo arrumando a inteligência para o lado, o bom senso chegaria para perceber e aceitar a História. Em vez de construir Etar’s a funcionar e alcatroar estradas serranas (evitando assim acidentes que fizeram depois correr muita tinta) o Presidente decidiu apagar memórias. Deu-se mal. Hoje, a Câmara municipal recuperou o busto e dá ao poeta a dignidade que a História lhe conferiu e -suprema das ironias- aproveitou ainda a ocasião para despedaçar umas das obras mais idiotas do presidente revisionista. Como um Shampô: 2 em 1.Verdade seja dita:foi trabalho bem feito.




Para nos precavermos de outras possíveis iluminárias que passem por S. Pedro, fica aqui uma pequena biografia de António Correia de Oliveira:

António Correia de Oliveira (1879-1960) nasceu em São Pedro do Sul e faleceu em Esposende. Estudou no seminário de Viseu, indo depois para Lisboa onde trabalhou como jornalista no Diário Ilustrado. Tendo casado com uma rica proprietária minhota, fixa-se na aldeia de Belinho, conselho de Esposende. Foi um dos cantores do Saudosismo, juntamente com Teixeira de Pascoaes e outros. Colaborou na revista A Águia, Atlântida, Ave Azul e Seara Nova. Obras poéticas: Ladainha (1897), Eiradas (1899), Cantigas (1902), Raiz (1903), Ara (1904), Tentações de S. Frei Gil (1907), Elogio dos Sentidos (1908), Alma Religiosa (1910), Dizeres do Povo (1911), Romarias (1912), A Criação. I. Vida e História da Árvore (1913), A Minha Terra (1915-1917), Na Hora Incerta (Viriato Lusitano) (1920), Verbo Ser e Verbo Amar (1926), Mare Nostrum (1939), História Pequenina de Portugal Gigante (1940), Aljubarrota ao Luar (1944), Saudade Nossa (1944), Redondilhas (1948), Azinheira em Flor (1954).
 
"Muitas realidades fazem parte das nossas necessidades básicas" António Carlos Fiqueiredo. Um blog de S. Pedro do Sul. Comentários, críticas, acareações e donativos para viloriai@hotmail.com
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